28 de março de 2011

E agora meu amor, o que fazemos?

Desculpa-me todas as vezes que pressiono, mas apenas procuro perceber. Só saberei o que queres e precisas se mo disseres. Baixa só mais um pouquinho a guarda. Se falares comigo, eu oiço e prometo tentar compreender tudo. Mas não suponhas que estou dentro da tua cabeça. Não julgues que sei sempre interpretar os teus gestos da forma correcta. Não sei. Sou altamente falível. Se não me ajudares, irei pensar muitas coisas erradas muitas vezes.
Não há um caminho fácil. Mas pensando bem, nunca há. Podíamos desistir. Tu seguias a tua vida e eu seguia a minha.  Não te esquecia, isso não. Talvez um dia deixasse de doer. Mas nunca deixaria de me torturar com a ideia do que poderia ter sido. Nunca deixaria de achar que deitámos ao lixo algo tão bonito. Claro que podíamos também não desistir. Podíamos afirmar que somos que conseguimos. Isso seria uma luta diária. Uma busca constante daquele delicado equilíbrio, daquela zona de conforto ideal para os dois.Eu sei que existe.
Tu sabes o que queres? Diz-me. Eu sei o que quero. Quero-TE. Com tudo o que isso implica. Quero sentir que gostas de mim. Quero saber que queres ficar comigo. Quero o teu número a aparecer no meu telemóvel. Quero o teu carro estacionado à porta da minha casa. Quero que faças parte da minha vida. Quero fazer parte da tua. E mesmo que não possas estar perto de mim, quero sentir que mesmo assim estamos juntos. Só porque sim e porque queremos.
Mas isso não depende só da minha vontade. Temos de ser dois a querer. A querer muito. E da próxima vez que estiver contigo, vou chegar ao pé do teu ouvido e sussurrar que te amo.

E agora meu amor, o que fazemos?

Sem comentários:

Enviar um comentário