"Gostava de dizer: entre a verdade e o amigo, escolho sempre o amigo. Dizia-o por provocação, mas pensava-o a sério. Hoje sei que essa máxima é arcaica. Podia ser válida para Aquiles, o amigo de Pátroclo, para os mosqueteiros de Alexandre Dumas, até para Sancho que apesar dos desacordos era um verdadeiro amigo do seu amo. Mas já não o é para nós. Vou tão longe no meu pessimismo que hoje posso preferir a verdade à amizade.
(...) A amizade era para mim a prova de que existe qualquer coisa mais forte do que a ideologia, a religião ou a nação."
«a identidade - Milan Kundera»
Sem comentários:
Enviar um comentário