28 de maio de 2011

" Ele - Nunca percebi porque não me mostras aquilo que sentes, porque não queres que saiba que gostas de me ter aqui contigo.
Ela -Mostrar é inútil.
- Eu gostava de saber sendo ou não.
- Não queiras. É complicado.
- Continuo à espera.
- Não são coisas sólidas.
- Mas diz-me qualquer coisa. Ando às voltas com isto.
- Não sei o que és, mas sei que isto vai depressa de mais. Tu conheces-me melhor do que devias, por isso esse teu argumento não vale. E para além do mais, não estou habituada a falar de mim. É melhor calar-me.
- Tens medo das palavras?
- Tenho medo do que vêm a seguir delas.
- E o que é?
- Que as palavras comecem a ganhar importância e quem as ouve.
- Isso não é bom?
- Se tiverem importância podem esmagar-nos até não sermos nada. Eu já fui nada. Não posso ser nada outra vez.
- É isso que achas que estou a fazer?
- É o que está acontecer.
- Deixa-me então preencher esse nada. Tenho amor que já não posso mais guardar só para mim."

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