"Não gosto de amor lamechas, de clichés antigos ou rimas demasiado sonoras. Soa a amor forçado, a amor preguiçoso. Cada uma ama como quer, eu apenas não amo assim.
Prefiro meias palavras, sabendo perfeitamente a sua outra metade. Prefiro as entre linhas e as indirectas que, por nos fazer balançar, de retorno só levam uma troca de olhares. Gosto das frases provocadoras, das respostas sem tempo de contra-ataque e de sussurros constrangedores que fazem ansiar por uma outra hora. Gosto de termos próprios que por si só nos identificam e de muitos outros que por não serem ditos a tempo inteiro os tornam tão especiais. De jogos só por brincadeira, só porque nos apetece. De usar as palavras, o silêncio e o olhar para tocar e desejar. Provocar, seduzir, surpreender. Prefiro amor inteligente, gosto de amor original.
Sim, por vezes, romantizo muito… mas não é um romance qualquer."